Arquivo para abril \30\+00:00 2008

O que é uma TV Full HD?

Você está passeando por uma loja de eletroeletrônicos e vê uma TV de plasma ou LCD com o selo Full HD. Mas que raios significa Full HD? E 1080?

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Mais um Big Brother para a Sônia Abrão comentar

Essa edição (literalmente extraordinária) a Globo deixou.

Mais um brasileiro fará parte do elenco de Lost

Foi divulgado hoje, o novo ator brasileiro que fará parte do elenco da série “Lost“:

Retirado do Ah! Tri Né!

Montagem de Daniel Klock e Jorge Uesu Jr.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são indiciados pela morte de Isabella

“SÃO PAULO – O delegado Aldo Galeano, do Departamento de Polícia Judiciária, afirmou na tarde desta sexta-feira que a polícia indiciou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá pela morte de Isabella Nardoni.

‘No momento, a informação que interessa a polícia e para a imprensa é que os dois foram indiciados‘, disse Aldo Galeano.

Alexandre presta depoimento há mais de 6 horas no 9º Distrito Policial, no Carandiru, zona Norte de São Paulo. Anna Carolina, que ainda não falou com a polícia, será interrogada ainda nesta sexta-feira.”

Fonte: Último Segundo

A Polícia Civil indiciou Alexandre Nardoni no inquérito que apura o assassinato da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. A madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, também deve ser indiciada após o interrogatório…”

Fonte: G1

Me diga em qual das duas eu acredito? A imprensa brasileira realmente é uma m…

maravilha, mente poluída.

(Leia o texto a seguir com bastante tom irônico)

Indiciados? Nossa? É mesmo!?

Ah! Achei que eles iriam ser absolvidos e a população iria jogar flores para eles ao saírem do sobrado dos Nardonis para depor. Vi na televisão agora há pouco um cartaz chamando o casal de covéirdes.

Mais uma vez digo: ASSISTAM O FILME “A SENTENÇA (CITZEN VERDICT)”

Spammers idiotas

William Bonner noticiando a prisão de Cabrini

Hoje dei umas risadas com o Bonner. Ao falar da prisão de Roberto Cabrini, jornalista de Rede Record (pronuncie ‘Rede Récórd‘). Além de falar o nome da rede de televisão do Bispo Menostarde a cada vinte segundos, William se engasgou e parou a reportagem toda.

Hang Loola para vocês.

Isso sim é imprensa

Terça à noite. Passo pela Rede Minas e vejo um debate sobre o caso Isabella Nardoni. Advinha qual programa? Observatório da Imprensa. Não conhece? Devia conhecer!

Olha só quem foi ao debate e o que eles falaram:

Caso Isabella, interesse público ou do público?

Por Lilia Diniz em 16/4/2008

A cobertura da imprensa sobre a morte da menina Isabella Nardoni, ocorrida em São Paulo, em 29 de março, foi o tema do Observatório da Imprensa exibido na terça-feira (15/4) pela TV Brasil e pela TV Cultura. Mais de 15 dias após o assassinato o caso ainda não foi solucionado, mas os meios de comunicação esmiuçaram a vida dos principais investigados – o pai da menina, Alexandre Nardoni e a madrasta, Anna Carolina Jatobá. O convidado do estúdio do Rio de Janeiro foi o jornalista Guilherme Fiúza. Em São Paulo, participaram o jornalista Marcelo Rezende e o advogado criminalista Carlos Kauffmann.

** Guilherme Fiúza, jornalista, assina um blog no site da revista Época, é autor do livro Meu nome não é Johnny, trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e no site NoMínimo.

** Carlos Kauffmann é advogado criminalista, mestre e doutorando em Direito Processual Penal, professor de Direito Processual Penal e autor do livro Prisão temporária.

** Marcelo Rezende, jornalista, é âncora do RedeTV! News, trabalhou em vários veículos do Sistema Globo de Comunicação e da Editora Abril. Na TV Globo, comandou o programa policial Linha Direta.

Na abertura do programa, Alberto Dines comentou os assuntos que estiveram em destaque na semana. No cenário brasileiro, confissão do jogador Adriano de ter marcado um gol com a mão depois de a mídia registrar a irregularidade; na Argentina, a criação de um Observatório de los Medios de Comunicación pela presidente Cristina Kirchner; e, também sobre o país vizinho, a tentativa de punir os criadores do desenho animado Os Simpsons por críticas ao peronismo (ver abaixo os tópicos de “A mídia na semana”).

No editoral apresentado antes do debate ao vivo, Dines comparou a cobertura do caso de Isabella Nardoni a uma telenovela policial. A intensa cobertura dos meios de comunicação estaria transformando o país em um “fórum de Sherlocks Holmes”. O jornalista avalia que e mídia está esquecendo de uma de suas funções, que é provocar a reflexão: “Ninguém quer pensar, prefere-se acusar, julgar e encerrar o assunto. Mas o interesse da sociedade é fazer justiça. Fazer justiça é uma das maneiras de encerrar este ciclo de crueldade pelo qual pouca gente está realmente se importando” (ver íntegra abaixo).

Os holofotes da mídia

O jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, acredita que a cobertura da imprensa sobre o caso Isabella pode determinar o resultado das investigações. “A própria quantidade de câmeras, microfones, de repórteres, de luzes de certa forma provoca uma excitação que influencia o promotor, os peritos, os policiais, a delegada, as testemunhas e isso pode alterar um pouco os fatos”, disse, em entrevista gravada. Garcia recordou uma regra da rede de TV americana CBS, que aprendeu no início da carreira, que dizia que se o jornalista perceber que a sua presença está alterando os fatos, deve retirar-se.

A cobertura do caso da Escola Base foi relembrada no programa. Em 1994, o casal de proprietários da instituição de ensino, além de um professor e um casal de pais, foram acusados de abuso sexual de crianças. A mídia cobriu exaustivamente o assunto, parte dela prejulgando os investigados, mas o processo foi arquivado por falta de provas. Para o gerente de Jornalismo da TV Brasil em São Paulo, Florestan Fernandes Jr., a imprensa tentou ser mais cuidadosa no caso Isabella Nardoni, mas houve deslizes. Para o jornalista, em um caso que causa comoção há interesse em vender mais jornais e aumentar a audiências das TVs, não só no Brasil como no restante do mundo.

Alexandre Garcia disse ter ficado com um “pé atrás” depois do “fiasco” da cobertura da Escola Base, quando se culpou o casal de proprietários. A presença ostensiva da imprensa acabaria por provocar a tentação dos 15 minutos de fama em pessoas que dão declarações na cobertura. Para o antropólogo Roberto Albergaria, a mídia trata o caso como se estivesse elaborando uma novela ao misturar ficção e realidade. Albergaria também comparou a cobertura ao reality show Big Brother, onde os participantes são vigiados 24 horas por dia. O antropólogo destacou a vontade do espectador médio de ter uma “família feliz”, mas sem observar os defeitos que ocorrem dentro delas – e observou que o caso chamaria mais a atenção dos meios de comunicação e da sociedade porque envolve uma criança branca.

Jornalismo como entretenimento

No debate ao vivo, o jornalista Guilherme Fiúza – que viveu uma situação semelhante quando seu filho pequeno morreu ao cair do colo da mãe, na varanda do apartamento onde moravam – analisou o comportamento da imprensa. Disse que é difícil avaliar a atuação da imprensa em bloco, existem atitudes diferenciadas dentro da instituição. O jornalista disse que é preciso escapar da tentação de santificar o ideal de imprensa. A mídia não seria apenas objetividade e informação, seria preciso aceitar que ela sempre terá um pouco de espetáculo e entretenimento. Fiúza afirmou que a opinião pública às vezes deseja levar a imprensa a uma abordagem que se desloca do foco da tragédia, transformando o assunto em um reality show. Para o jornalista, existe quem queira consumir o espetáculo e induza a mídia a este tipo de comportamento.

As autoridades prejulgam os acusados, na opinião de Marcelo Rezende, ao darem declarações irresponsáveis à imprensa. O jornalista rememorou a cronologia da cobertura do fato e criticou as autoridades que divulgaram percentuais de quanto o caso estaria resolvido. Rezende reprovou a atitude da delegada Maria José Figueiredo, que chamou o pai de Isabella de “assassino” no dia seguinte à morte da menina, quando Alexandre Nardoni registrou o boletim de ocorrência. Para ele, se a delegada tinha provas suficientes para acusá-lo, deveria tê-lo prendido em flagrante. Outro ponto levantado por Rezende foi o fato de que enquanto o inquérito estava sob sigilo, a todo instante autoridades passavam informações à imprensa.

O sigilo serviria, conforme explicou Carlos Kauffmann, para resguardar a própria investigação policial. Se a discussão pública acerca dos fatos pode prejudicar a investigação, então deveria ser assegurado o sigilo. O advogado criminalista avalia que o princípio não foi respeitado de fato, e foi assegurado apenas no âmbito formal. Para ele, aspectos da investigação foram trazidos a público aos poucos, e de forma paralela, por pessoas que nem sempre estavam diretamente envolvidas com as investigações. Laudos não entregues às autoridades foram vazados para a imprensa, deformando a opinião pública. Kauffmann advertiu que as pessoas que passaram informações precipitadas à imprensa tentarão provar que estavam corretas. Para o advogado, em tese, uma investigação que tenta provar que determinado suspeito é culpado está condenada ao insucesso.

Guilherme Fiúza contou que menos de duas horas após a morte do filho ele e a mãe da criança estavam presos no próprio apartamento, levados à condição de suspeitos, com dois policiais armados fechando a saída. Depois de um logo tempo, o acidente foi esclarecido. O embasamento dos “homens da lei” era o depoimento fantasioso de vizinhos que diziam ter escutado discussões entre o casal na noite anterior à manhã do acidente. Traçando um paralelo entre a sua experiência pessoal e a morte de Isabella Nardoni, o jornalista se disse impressionado com o primeiro momento, quando a opinião pública não sabe nada sobre aquela família e acha que pode julgar. Para Fiúza, “um vizinho diligente e um delegado falastrão são uma combinação explosiva”. Marcelo Rezende disse testemunhas são “prostitutas das provas, não valem nada”.

O papel da imprensa nas investigações

A primeira vez em que a mãe de Isabella foi depor chamou a atenção de Fiúza. A jovem quase foi derrubada pelo cerco de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas que estavam de plantão em frente à delegacia. “Se você quase derruba no chão uma mãe que acaba de perder uma filha, você tem que voltar para casa se sentindo uma ameba”, criticou o jornalista.

Marcelo Rezende questionou se, em um caso como o de Isabella, um repórter que recebe uma informação de uma autoridade constituída deve se omitir ou publicar. Dines disse que a decisão pertence à cadeia de comando do jornal, que ao repórter cabe trazer a notícia. Carlos Kauffmann considerou que a sociedade precisa estar bem informada e que isso não significa que a imprensa deva repassar as informações como se fossem verdades absolutas. E a imprensa deveria questionar porque a população não tem conhecimento jurídico. Kauffmann ressaltou que a imprensa tem um papel nobre e que precisa estar atenta ao interesse público, e não ao interesse do público.

***

A tragédia virou novela

Alberto Dines # editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 457, no ar em 15/4/2008

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

A tragédia da menina Isabella Nardoni converteu-se numa telenovela policial. Com a ajuda dos poderosos holofotes da mídia estamos transformando o país num imenso fórum de Sherlocks Holmes.

A violência contra uma criança de cinco anos vem sendo gradualmente esquecida, Isabella já não horroriza nem comove. Aparentemente esganada e em seguida jogada do sexto andar, Isabella tornou-se secundária. A vítima está importando menos do que o seu ou seus assassinos.

Ao contrário do que ocorreu há pouco mais de um ano, quando o menino João Hélio foi despedaçado pelas ruas do Rio, Isabella passou a ser mero pretexto para despertar o espírito detetivesco, tanto dos mediadores como dos mediados.

Uma das funções da mídia, entre outras, é fazer pensar. Mas, neste caso, ninguém quer pensar – prefere-se acusar, julgar e encerrar o assunto. Mas o interesse da sociedade é fazer justiça. Fazer justiça é uma das maneiras de encerrar este ciclo de crueldade pelo qual pouca gente está realmente se importando.

Retirado do magnífico portal do Observatório da Imprensa. Quer saber mais? acessse: observatoriodaimprensa.com.br